quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Adoçantes e diferenças

8/6/2008 - O barriga verde

Helena Meneguetti Hizzo*

A redução da quantidade máxima de uso de sacarina e ciclamato em alimentos e bebidas do tipo diet e light, determinada recentemente pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é um indicativo de que o governo pode estar seguindo regras de outros países com relação ao consumo desses adoçantes químicos artificiais. A sacarina, por exemplo, é proibida no Canadá, e o ciclamato, nos Estados Unidos.

Uma das principais razões que levou à adoção dessa medida pelo órgão foi a alta presença de sódio em ambos os edulcorantes. A substância é condenada pela OMS (Organização Mundial de Saúde). De acordo com a Anvisa, o sódio é inserido nas fórmulas desses adoçantes para realçar o sabor dos alimentos. Com isso, o consumo em grandes quantidades seria prejudicial à saúde, principalmente aos hipertensos.

Na esteira da restrição de uso da sacarina e do ciclamato, a agência autorizou o uso no País dos edulcorantes taumatina, eritritol (ambos adoçantes naturais) e o neotame (adoçante químico artificial) em alimentos. As três novas substâncias juntam-se a outros tipos de adoçantes já utilizados no Brasil, como o aspartame, sucralose (ambos químicos artificiais), frutose e stévia (estes naturais).

Essa gama de adoçantes no mercado brasileiro é mais uma prova do aumento do consumo no País de produtos mais saudáveis alojados na categoria diet e light – calcula-se em 10% o crescimento anual do consumo de alimentos e bebidas nessa classe de itens. De fato, a população tem-se preocupado mais, nas últimas décadas, com os alimentos que consume, embora isso não signifique que a grande maioria das pessoas esteja com o peso corporal adequado. Pelo contrário, cresce o número de obesos. A grande verdade é que, embora preocupadas com o que estão ingerindo, as pessoas também estão mais sedentárias – o que acarreta inevitável ganho de peso.

Porém, isso não invalida a preocupação em escolher produtos que contenham edulcorantes. O adoçante é uma realidade para se ter uma vida mais saudável. E no conjunto de adoçantes disponíveis no mercado, aqueles essencialmente naturais tornam-se ainda mais adequados na busca de melhor qualidade de vida.

É o caso da stévia. Na década de 80, o Brasil desenvolveu bastante a extração do poder desta planta, um adoçante natural, fazendo com que ela conquistasse mercado entre os edulcorantes e passasse a ser até exportado para outros países.

Neste universo crescente de adoçantes dietéticos, começa a ser relevante distinguir aqueles que podem ser mais completos à sua saúde. As diferenças estão cada vez mais visíveis.

* Helena Meneguetti Hizo é diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Steviafarma Industrial

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